A minha gravidez não
foi planejada; tampouco a notícia foi celebrada por mim e pelo pai. Engravidei
acidentalmente do meu primeiro relacionamento, azar este que terminou antes
mesmo de eu ter o conhecimento sobre o meu filho. Eu me sentia grávida de um adolescente
do interior, deslumbrado com a vida na cidade grande. Confesso, não foi fácil. Acredito
que nenhuma mulher deseja dar a luz sozinha. Eu, pelo menos, não queria. Foram
nove meses onde vivi o maior paradoxo de emoções da minha vida... Apreensão, incertezas,
ansiedade, medo, revolta... paz, senti um amor tão puro, e felicidade! Estranho
mesmo é sentir na pele todo esse turbilhão.
Grávida? Eu? Impossível! Eu nunca tinha sequer
segurado um bebê no colo ou sonhado com esse fato tão cedo em minha vida. Poderia
passar horas na frente de um computador discutindo filosofias vãs, mas, não
parava a minha vida para admirar uma criança no shopping.
Passei noites em claro, todos os dias, buscando soluções e, nos intervalos,
clamando a Deus por misericórdia e socorro. Eu não cochilei. Eu precisava assumir
para mim mesma que deveria levar adiante a gestação com otimismo, para não prejudicar mais a minha saúde e a do meu filho.
O mundo parecia não fazer sentido. A minha
vida tinha tomado um rumo completamente fora do meu controle. Onde estava
aquela pessoa prática e segura de si, que sempre acreditou na auto resolução de
seus problemas? A gravidez tinha roubado a minha personalidade? A notícia tinha
certamente me desestabilizado. Me sentia sozinha.
Uma das frases que eu
mais ouvi durante a gestação foi: “Tente ser tolerante e use da
sabedoria porque homem só se torna pai quando o filho nasce”.
Então, quer dizer que a mulher ao engravidar já se sente mãe? Absurdo!
Infelizmente a sociedade ainda carrega uma visão muito distorcida desses casos.
Grávida e solteira. Meu Deus! E agora? O que
seria da minha vida? E os planos, metas traçadas, pós-graduação, cursos, estágios, pesquisas, trabalho? Tinha sido
tudo em vão? A minha vida tinha chegado ao fim? Como construiria minha vida agora com um bebê? A minha angústia crescia junto
com a minha barriga.
Foi uma gestação de
indagações. Cheguei a fazer terapia para entender porque eu não tinha uma
gravidez cor de rosa e poética como todas as outras mulheres grávidas que os
livros, novelas e filmes vendiam. Eu não me encaixava naquele padrão de mulher
que chega ao ápice de felicidade por estar grávida. Mas a sociedade me cobrava
este comportamento. Quantas vezes não ouvi de amigas: “Você não está feliz? Tem de
aproveitar esse momento único na vida”.
Me sentia um ser
humano desprezível, por não conversar e não amar a minha barriga. Onde estava
aquele amor materno instintivo? Eu obrigada a ser feliz com esta nova
realidade.
Fisicamente eu tive uma gravidez maravilhosa.
Mas psicologicamente foi uma saga em busca de redescobrir quem eu era. Hoje, eu
tenho certeza de que a minha gravidez não foi planejada por mim, mas sim por
Deus. Aquela menina egocêntrica antes da maternidade já não existe mais. Não há
palavras que descrevam o tamanho do carinho e régua que se mensure a proteção que se pode ter por um filho. O
amor materno, na minha concepção, é um amor construído no dia a dia. Amor este
que se expressa nos pequenos gestos de carinho, proteção e cuidado. Eu nunca
imaginei que uma coisa tão pequenina pudesse mudar tanto uma vida, e todo um
templo secreto de emoções. Ser mãe é a melhor experiência que uma mulher pode
viver!
UM FELIZ DIA DAS MÃES A TODAS AS MAMÃES, E NUNCA ESQUEÇAM: FILHOS CRESCEM, APROVEITE O SEU HOJE MESMO!!! =)
UM FELIZ DIA DAS MÃES A TODAS AS MAMÃES, E NUNCA ESQUEÇAM: FILHOS CRESCEM, APROVEITE O SEU HOJE MESMO!!! =)
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