My world. My words

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João Pessoa, PB, Brazil
Assim como o mar: Certos dias, sou calmaria; Noutros, intensidade.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Um amigo meu disse que eu...

Deveria pensar mais a respeito do assunto, já que também sou adulta. E que são nessas exatas situações que podemos saber quem realmente tem esse dom: o de expressar a magnitude da força interior e raciocinar. Na hora não quis contrariá-lo, ele estava tão empolgado com seu magnífico discurso irredutível que deixei passar. Não deveria. Acabou por ir embora todo sorridente, um sorriso cheio de razão. Com aquele sorriso, fruto de quem pensa que sabe, e não sabe. Não que eu saiba tudo sobre mim, ao contrário, mas, pelo menos não fico rindo à toa, cheia de falsas verdades ou razões.
Já outro amigo me falou que não é nada disso, que para nos conhecermos, ou conhecermos o próximo é preciso tempo, silêncio e observação. Coisas quase improváveis nos tempos apressados e barulhentos de hoje. Concordei em parte, mesmo porque, acho tão pouco somente o tempo, silêncio e observação em se tratando de autoconhecimento. Imagine, então, conhecer o outro.
"É preciso mais" - disse-me um outro amigo, certa vez, apenas com o olhar - , ainda que não soubesse conceituar esse dom; ele vivia a maturidade com todas as suas forças, talvez porque vivesse todas as outras coisas da vida com a mesma intensidade. Não era, tão somente, um amigo que estava alí. Alí estava uma pessoa inteira. Um homem com vida própria, sabedoria de seus anseios mais simples, consciente de que na vida, além de escolher; é preciso resignar-se das perdas naturais, e quem sabe até: necessárias!
Na foto: Lya Luft

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Olhe,

Tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras. Sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calma e perdôo logo. Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre. Sou paciente mas profundamente colérica, como a maioria dos pacientes. As pessoas nunca me irritam mesmo, certamente porque eu as perdôo de antemão. Gosto muito das pessoas por egoísmo: é que elas se parecem no fundo comigo.