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João Pessoa, PB, Brazil
Assim como o mar: Certos dias, sou calmaria; Noutros, intensidade.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Hábito

E qual é o mal em contestarmos tradições? O mal estaria apenas em contestar hábitos, coisas que não temos acesso e que seria apenas justa, a falta de contestação.

Fugir da chuva. Tal covardia sempre desce em nossas mentes na sensação da primeira gota. Correndo, achando que chegaríamos a algum lugar, e sem sabermos que uma hora iríamos secar.

O desespero daquele litro que nos molha é inválido em relação ao nosso medo de nos molhar. Corramos do céu que nunca iremos escapar. Nós mesmos.

Hábitos não passam de segredos em que não há vontade de serem contados, ou ações encobertas pela vergonha de parecer um estranho.

Mas para a felicidade das exceções, vivemos em uma terra de estranhos, onde não conseguimos interpretar nenhum olhar, dos trinta, que nos serviram como espelho ao longo do dia. Aquele “te amo” que recebeu a meses, horas, segundos atrás, pode ser considerado agora uma piada, ou apenas um hábito.

Por isso, deveríamos contestar sim! Contestemos os hábitos que se tornaram tradições globais, que nos envolvem sem nos pedir licença, e que nos largam sem dizer adeus. Consista em ser justo consigo mesmo. Já temos diferenças demais para criarmos uma que seria irreparável. Não obrigue ninguém a se sentir melhor do que realmente se sentiria, a falsidade da palavra e a indiferença do olhar já derrubou impérios, agora, derruba corações.

Seja diferente se necessário, ridículo se possível e amado se inevitável.

Um comentário:

Anônimo disse...

Rapaz, a abordagem foi tomada de maneira interessante, apesar de habitual. Mas faltou um pouco de coesão em certas passagens. Vale salientar que, a despeito do elogio, eu não concordo com nada disto. Mas ficou bom porque soubestes até certo ponto expor o que querias.

Paz