I
Não importa onde, mas que nenhum homem me fale de consolo
Falemos de tumbas, de vermes, de epitáfios,
Falemos de nossos testamentos.
Ou não? Pois que temos a legar
Senão, nosso corpos depostos sobre o chão?
Nossas terras, nossas vidas, e tudo o mais pertecem à morte
E nada podemos, que nos pertence, falar. Exceto a morte
Mais esse pequeno modelo de terra estéril
Que serve de argamassa e cobre nossos corpos.
'Pelo amor de Deus', Sentemo-nos no chão
Para contar história soturnas de reis mortos:
Todos assasinados.
Pois, dentro da coroa que cinge a têmpora mortal de um rei,
A morte mantem a sua corte, e fica lá, grotesca,
Zombando do poder, sorrindo à sua pompa;
Permitindo a esse rei um fôlego, uma pequena cena,
Na qual pode monarquizar, ser temido, matar
E assim ir enxendo-se de orgulho inútil e enorme.
E quando assim o vê, acomodado,
ela atravessa o muro de vidro do castelo,
Como um alfinete mínimo,
E:
Adeus, Rei!
Cobri vossas cabeças, e não zombai da carne ou do sangue
Tratando-os com solene reverência.;
Fora a cerimônia, o respeito,
A tradição, o dever.
A forma em só. |
Eu me alimento de pão,
Como vós outros, sinto a necessidade
Provo a angústia e preciso de amigos.
Assim enclausurado, como podeis dizer a mim
Que eu sou um rei?
II
"Mas a despeito desse senso, objetivamente, e talvez propositalmente, contrariando este esteriótipo das minhas criações, esta é, e me vem este forte pressentimento, em sua essência, especial, e inevitavelmente comum em sua abordagem. Este vulto que tende a escrever o silêncio, noites e tenta anotar o que é inexprimível, solidifica a vertigem do fato talvez epopéico, mas cuja a intenção não é de mostrá-lo como. Por fim, digo que a pretenção é reunir em quem amo tudo que me assume a respeito disto. Não deixar com que destitua o que nos é investido de bom: o amor. Não o metafísico e trancendente, apenas. O real! Certa vez já fomos destituidos, e inevitavelmente, já visei a depressão e pre-estabeleci finais e meios. Não que a noção de tais fatos fosse tida por mim. Pois como todos ficam, eu também fiquei, acima de tudo, estonteado pela instanteniedade e repentinidade da quebra de conceitos como: laços e relações. Tenho para mim que isto é um assunto um tanto antítico, pois há uma insatisfação em vários dos meus comportamentos. Mas logo livrar-me-ei destas coisas. | Não é visto, por mim, os fins justificando os meios, e menos ainda vejo o ostentador de tal fim tecendo na premeditação o mesmo. Nunca saí impune de tal pensamento, mas inúmeras vezes vi a mim investida uma grande estima. Talvez o fim justifique a violência da falta de arbritrariedade dos fatos -ou até atos. Talvez, assim me tornando, glorioso e tornando todas as minhas relações epopéicas e esquemáticas. Talvez...
E é só nisto que quero pensar." | A.F
PS: isso tudo por que consegui finalmente entender, a você , minha admiração e orgulho!
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